Filipe Matos Pereira

Gestor de Marketing

Area Manager

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Novo posicionamento da Gillette

A Gillette está definitivamente a alterar o seu foco no produto “The Best A Man Can Get”, para começar a construir o posicionamento de uma marca que quer contribuir para um mundo mais justo “The Best Man Can Be.

Não existe nada de errado em querer mudar e a resistência sentida nos últimos dias, sobretudo nas redes sociais, é apenas o resultado dessa mudança. 

Mas porque está a Gillette a alterar o seu posicionamento?

Em 2011 surgiu a Dollar Shave Club (DSC) que por apenas 1$ entregava mensalmente lâminas de barbear em casa dos seus clientes. A marca afirmava que para um barbear perfeito não era necessário uma máquina com 3 lâminas, sistema vibratório e gel, bastava uma  lâmina de excelente qualidade que pudesse ser usada por qualquer pessoa. 

Mais importante que o produto foi a relação que a Dollar Shave Club conseguiu estabelecer com os seus clientes.

Este é o vídeo lançado pela marca em 2012 a explicar o conceito da DSC e onde o protagonista é o próprio CEO. 
A Gillette, uma marca centenária, tinha agora um concorrente jovem, moderno e atraente!

A Dollar Shave Club foi conquistando o seu espaço, ganhando cada vez mais embaixadores e acima de tudo foi criando a sua comunidade. Assim em 2016 a empresa foi comprada pela a Unilever por Mil Milhões de Euros!

Vamos recuar um pouco no tempo…

Em 2010 a Gillette tinha mais de 70% de quota de mercado, quota essa que tem vindo a diminuir e que se situa agora próximo dos 50%. 

Ao longo do tempo a estratégia utilizada pela Gillette para justificar os preços elevados dos seus produtos foi posicionar-se como uma marca de elevada qualidade e inovação, mas a partir do momento em que essa qualidade deixa de ser “percebida”, os produtos perdem valor!

Foi este desenrolar de acontecimentos que levou a Gillete a querer alterar o seu posicionamento e a lançar a última campanha publicitária, que tanta “polémica” gerou. 

Os problemas da Gillette começaram quando a marca deixou de estudar o mercado e se focou apenas no seu produto, Theodore Levitt explicou isso em 1960 no artigo “Miopia de Marketing. 
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